No início dos anos 70, o médico francês Frédérick Leboyer presenciou uma mulher indiana sentada em uma calçada de Calcutá massageando seu bebê de uma forma que ele nunca tinha visto. Leboyer ficou tão encantado que pediu para registrar a prática da mulher com fotos e vídeos. O registro do médico se difundiu pelo ocidente onde a técnica milenar indiana de massagem de bebês ficou conhecida pelo mesmo nome da mãe que Leboyer registrou: Shantala.
Segundo Leboyer, o apalpar da massagem faz com que os bebês se recordem do ambiente uterino durante as contrações e o parto. Além disso, a prática possui muitos benefícios: aumento do vínculo entre mãe/pai e bebê, alívio de cólicas e gases, relaxamento do bebê, aumento da segurança da/o mãe/pai ao lidar com a criança, ajuda na propriocepção, na termorregulação e ativa a circulação sanguínea. Há também quem defenda que bebês que receberam Shantala se tornam adultos mais seguros e carinhosos.
Algumas dicas para a prática da massagem:
- O toque leve e os carinhos devem ocorrer logo nos primeiros dias do bebê, com aumento gradual, mas a massagem em si deve ser iniciada somente depois do primeiro mês após o nascimento;
- O adulto deve estar sentado no chão e o bebê posicionado sobre suas pernas, despido;
- O ideal é utilizar óleo 100% vegetal morno;
- O bebê não deve estar de barriga muito cheia, mas também não pode estar com fome, certifique-se de que ele está tranquilo no momento;
- Evite falar muito. Procure se comunicar com os olhos, com as mãos, aproveite para relaxar também;
- Finalize a massagem com um banho morno e calmante.
Existem alguns profissionais que ensinam a prática, mas você também pode consultar o livro (1) e o filme (2) de Leboyer para aprender, além de outros vídeos no YouTube. A técnica em si não é tão importante, o importante é massagear com carinho, afeto e amor.
Boas massagens!
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Leboyer, F. SHANTALA, uma arte tradicional. Massagem para bebês. 1995
Loving Hands, de Frádérick Leboyer
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